III Encontro da Rede de Museus do Médio Tejo: Museus e Educação 2021
Reconhecendo as instituições culturais como campo educativo e as instituições educativas como polos culturais (Carta do Porto Santo, 2021), a Rede de Museus do Médio Tejo traz a debate as práticas dos parceiros da Rede neste âmbito das relações comunidade, educação e cultura. E, ampliando a lente geográfica, a Rede convida para o debate outras experiências, nacionais e internacionais, observadas e/ou efetivadas por equipas de museus, investigadores e museólogos, para discutir que papel poderão ter os museus nesta travessia para um novo paradigma de ação concertada entre agentes culturais, educativos (formais/não-formais) e científicos para garantir uma cidadania cultural plena.
O evento ocorrerá em formato híbrido (presencial no IPT, auditório Dr. Júlio das Neves, sala O106) e também com transmissão online no canal do IPT no Youtube (https://www.youtube.com/c/IPTomarOficial/featured) e na página no facebook da Rede de Museus Médio Tejo.
Comissão Organizadora
Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) - Helder Marques
Rede Museus do Médio Tejo (RMMT) - Margarida Moleiro
Instituto Politécnico de Tomar (IPT) - Eunice Lopes
Observação: O III Encontro dos Museus do Médio Tejo é acreditado para pessoal docente e pessoal não docente. Acreditação: Ficha de Inscrição
Quinta do Contador . Estrada da Serra
2300-313 Tomar, Portugal
Teleforne: 249 328 100 (IPT) e 249 730 060 (CIMT)
Fax: 249 328 186
E-mail: EuniceLopes@ipt.pt (IPT) e helder.marques@cimt.pt (CIMT)
“OS SERVIÇOS EDUCATIVOS DE MUSEUS EM UMA ERA DE PROTESTO”*
Os paradigmas de funcionamento dos Museus mudaram [e continuam a mudar] de maneira significativa. Em muitos exemplos os Serviços Educativos, acabam por ser, na estrutura dos Museus, os departamentos responsáveis pela articulação com os seus visitantes e à eles recai a responsabilidade e de assumirem a frente na confluência entre a sociedade e os Museus. Como podemos pensar esta articulação: os Museus e os seus Serviços Educativos à luz desta atribuição? E qual o significado da palavra “ativismo” para o contexto museal?
* O presente título é uma paráfrase do título do livro de Laura Raicovich: “Culture Strike: Art and Museums in na Age of Protest”. Verso Books, NY, 2021.
Museu Municipal Carlos Reis, Torres Novas (com a participação dos agrupamentos escolares de Torres Novas e dos artistas convidados para implementação dos projetos PNA em Torres Novas) – Experiências locais da implementação do PNA em Torres Novas, rumo a uma cidadania cultural plena.
O Plano Nacional das Artes trouxe a oportunidade de “indisciplinar a escola” a partir das artes e da cultura, num movimento que se deseja transformador.
Partindo dos valores basilares da Constituição Portuguesa, o PNA pretende ser um plano para empoderar os cidadãos de todas as idades dos seus direitos culturais, um plano que se desenha e implementa dentro e fora da escola, com a comunidade educativa, artística e com os agentes culturais, em dinâmicas sobretudo locais.
Apresentam-se nesta comunicação dois casos de sucesso de implementação local do PNA, em que o Museu Municipal Carlos Reis foi, e é parte, integrante deste movimento desde o primeiro momento.
Afinal, podem os museus contribuir ativamente para colocar a cultura no coração do processo educativo? Podem os museus ser veículo para entender a educação como fundamental nas práticas e políticas culturais? Que papel poderão ter os museus nesta travessia para um novo paradigma de ação concertada entre agentes culturais e educativos para garantir uma cidadania cultural plena?
O projeto “Fotografia na Escola” tem como finalidade a realização de atividades artísticas mediadas pelas tecnologias de comunicação. A sua conceção iniciou-se em março de 2020, durante o encontro Erasmus que abriu um canal de comunicação entre o CEFT, representado pelo Professor António Ventura, e a UNArte, representada pelo Professor Razvan Clondir. O objetivo do “Fotografia na Escola” é promover encontros de expressão artística das culturas locais, das geografias e das comunidades, aproximar essas realidades e vivências dos/as alunos/nas, permitindo que esse “olhar o mundo através dos olhos do outro” se constitua como uma oportunidade de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal, social e intercultural (cívico). Tudo isso se realizará de forma fotográfica, um meio que pode facilmente viajar entre Portugal e Roménia, assim como para qualquer parte do mundo, utilizando o poder fenomenal da tecnologia da Internet! Pensamos que hoje, o acesso universal aos dispositivos e à internet representa uma grande oportunidade para desenvolver uma ferramenta específica de expressão artística e cremos fortemente que toda a tecnologia que nos rodeia está “à espera” de ser posta a trabalhar para uma melhor compreensão da arte, pessoas, lugares, culturas e ideias. Além disso, nesta época que vivenciamos, de pandemia, o recurso a este tipo de tecnologia é também uma necessidade, se quisermos continuar a trabalhar no sentido da educação e da formação para a cidadania, a promover intencionalmente o desenvolvimento de competências e de valores previstos no Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO), de que salientamos a Cidadania e Participação, a Curiosidade, Reflexão e Inovação, Sensibilidade Estética e Artística, Informação e Comunicação, Linguagens e Textos, bem como a ir ao encontro de domínios de formação ao nível da cidadania, de que destacamos: Interculturalidade (diversidade cultural e religiosa). O projeto “Fotografia na Escola” prevê a realização de workshops / formações acreditadas online, com os/as docentes de várias disciplinas (a título de exemplo mencionamos: Cidadania e Desenvolvimento, Tecnologias de Informação e Comunicação, Geografia, Português, Inglês e outras línguas estrangeiras, Educação Visual e outras expressões, História…), bem como o acompanhamento e/ou a dinamização de atividades curriculares e/ou extracurriculares junto dos/as alunos/as indicados/as pelos/as docentes envolvidos/as, que poderão ir do 1º ciclo ao ensino secundário.
Entender as relações entre escolas e museus como relações pedagógicas é um dos primeiros passos para que o museu possa constituir-se como um território privilegiado para a contemplação dos interesses, necessidades e experiências dos estudantes, que enforme aprendizagens efetivas e uteis. O conceito de relação pedagógica pressupõe que o ato de aprender seja conjunto, colaborativo e baseado na indagação crítica. A relação pedagógica acontece através de uma experiência de partilha na qual a produção de conhecimento sucede com o encontro entre sujeitos e com o tipo de vinculação que se pode criar com esse conhecimento. Se o público escolar era, antes da pandemia, uma parte muito importante dos visitantes dos museus, o tempo que vivemos, de um retomar da normalidade possível, poderá ser o palco de uma nova conceção daquilo que é o museu como lugar de aprendizagens de conteúdos diversos, nomeadamente os que estão ligados às matérias escolares. Os museus são lugares de significativas possibilidades pedagógicas e podem, por isso, comprometer-se com o conceito de relação pedagógica, assim pretendam valorizar os estudantes e os seus projetos de vida e, com isso, aprender também com a escola. Para alcançar estes propósitos desafiantes, a relação entre o museu e a escola requer uma colaboração próxima e de continuidade, por forma a garantir que o lugar dos estudantes não é apenas o de recetores, mas sim de promotores de ruturas com o previsível.
Subitamente, o Museu Nacional Ferroviário passou de um espaço cheio de pessoas a um espaço vazio, mas cheio de recordações das conversas, dos risos e das perguntas meio atrapalhadas, meio curiosas dos grupos de criança, jovens que nos acostumámos a ter, ver e sentir. A adaptação rápida a estes novos tempos, ausentes de público presente, exigia uma resposta célere, acessível e abrangente e que nos permitisse, mesmo à distância, continuar a promover e a divulgar a nossa coleção, através de um contacto direto com todas as pessoas e também com os grupos escolares
No meio das incertezas, avanços e recuos provocados pela pandemia, criámos as nossas visitas virtuais. Com a certeza das nossas capacidades, com os nossos guias experientes e com a nossa vasta coleção, a história que antes era contada percorrendo os nossos espaços passou a ser contada à distância, mas com o envolvimento, comprometimento e entusiamo de sempre.
Esta realidade ajustada trouxe-nos um novo público, um público que ainda não conhece fisicamente o nosso museu, mas que conhece a nossa história. Para uns, as nossas visitas contribuíram para amenizar e alegrar os seus dias, com a certeza que nos visitarão. Para outros, por motivos vários, esta foi a única oportunidade de nos conhecerem.
Apesar das dificuldades, a pandemia obrigou-nos a olhar para outras formas de trabalhar com a comunidade escolar (entre outros públicos) e mostrou-nos que o museu tem de estar sempre disponível, mesmo que as suas portas estejam encerradas, abrindo-nos novas perspetivas para o futuro.
O Museu Municipal de Ourém (MMO) foi fundado em 04 de julho de 2009 com a inauguração do núcleo expositivo “Casa do Administrador” e a integração da Galeria da Vila Medieval na sua estrutura museológica. Em 2013, foi inaugurada Oficina do Património, um novo núcleo do Museu. Em 2014 integrou a Rede Portuguesa de Museus.
O MMO está vocacionado para participar com a comunidade nos seus processos de reflexão e representações identitárias em conexão com outras comunidades, procurando contribuir como instrumento de desenvolvimento da comunidade local, desempenhando as funções museológicas definidas na Lei Quadro dos Museus Portugueses.
A função “Educação”, no MMO, afirma-se como um complemento não formal ao ensino formal, permitindo a construção de um Serviço Educativo e Cultural capaz de transmitir o discurso, as narrativas, e as histórias associadas à História e à identidade local, sustentado e apoiado pelos objetivos gerais das orientações curriculares e programas educativos.
No decurso do ano letivo de 2020/2021, no âmbito da Formação em Contexto de Trabalho dos alunos do Curso Profissional de Artes do Espetáculo da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, do Agrupamento de Escolas N.º 2 de Abrantes, o Município de Abrantes garantiu a parceria da “Empório Criativo”. Desta parceria entre a escola, o Município e uma empresa da área do espetáculo resultou a peça “Nós, os Almeida”, apresentada publicamente a 14 de junho de 2021, no âmbito da abertura do Panteão dos Almeida, após instalação de novo discurso museográfico. O trabalho considerou os interesses dos alunos, do Município de Abrantes e da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes. A proposta foi no sentido de envolver, de forma ativa, os alunos na criação de um espetáculo, num processo que se dividiu em três fases: investigação e redação do texto, ensaios e estudos do texto e produção e encenação. A “Empório Criativo”, representada pelo produtor e encenador Paulo Leite, foi responsável pela orientação dos alunos em todas as fases da construção do espetáculo. Os encontros com os alunos decorreram fora do ambiente escolar, ainda que em alguns momentos tenham sido utilizadas as instalações da escola. O processo, todavia, acabou por sofrer alguns constrangimentos resultantes da situação de pandemia que se viveu. Muitas sessões de trabalho acabaram por ocorrer online, condicionando a interação presencial, essencial neste tipo de projeto, sobretudo no que concerne aos ensaios. Pretendeu-se, com este projeto, estimular os alunos a pôr em prática todo o conhecimento adquirido no percurso escolar e desenvolver novas competências, nomeadamente na área da investigação, produção, encenação, entre outras. O processo orientou-se, em grande parte, para o mercado de trabalho, estimulando os alunos a identificarem potenciais fontes de rendimento e desenvolvimento profissional, com o intuito de potenciar a sua fixação no território.
Resumo:
Resumo: A captura das noções de Museu e de Universidade pela lógica de mercantilização de todas as atividades humanas, não apenas tende a reduzir as instituições museológicas e de ensino superior a “commodities”, como subverte os respetivos conceitos e, paradoxalmente, reduz o seu impacto económico. A criação de espaços de livre pesquisa e formação racional aberta a todos os campos do conhecimento (universal) e de espaços de inspiração (das musas) para a criatividade em todos os domínios, por referenciação a materialidades do passado, são dois instrumentos complementares que acompanham o desenvolvimento das civilizações desde o mundo pré-clássico. Na sociedade atual, porém, os primeiros (formação) tendem a limitar-se à aprendizagem de conteúdos e procedimentos e os segundos tendem a ser marginalizados ou reduzidos à lógica do entretenimento e da ocupação de tempos livres. Esta deriva, que se traduz em métricas vinculadas ao mercado, nega a sua vocação e limita o seu alcance e impacto na sociedade. É, por outro lado, um mau investimento: demasiado caro para o fraco impacto de curto prazo. O programa do Museu de Mação, muito fortemente ligado a todo o sistema de ensino formal e não formal, e em particular ao ensino superior, parte destas considerações e procura afirmar-se como alternativa. Apresentar-se-ão alguns projetos, realizações, limitações e insucessos, nesta estratégia.
Numa perspetiva de parceria IPT-MAR as tarefas a desenvolver nos Projetos MurArte para Valorização e Salvaguarda das Pinturas Murais de Riachos e OPExCATer - Projeto do Observatório Parque Experimental de Conhecimento e Ação Territorial Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo, desenvolvem-se em função das necessidades do território e, entre diversos outros parceiros, da visão sobre a função social dos museus. A componente de animação cultural e, no caso, como ponto crítico, a componente da investigação científica aplicada, organizam-se segundo lógicas de integração em ambos os projetos. O papel do MAR é o de articular o conhecimento científico transferido pelos Investigadores do Techn&Art, unidade de investigação científica do Instituto Politécnico de Tomar, reforçando a parceria e, consequentemente, o Projeto Museológico em curso. Nesta lógica, o NESTMAR-Núcleo de Estudos do Museu Agrícola de Riachos, assume o papel de intermediador, assegurando a criação de conteúdos nos domínios de ação museológica necessária a cada um dos projetos referenciados. Na apresentação detalhar-se-ão essas questões, até pela procura de novos sentidos para que esta relação possa amadurecer. A partir destas experiências realizadas entre Investigadores do IPT e Direção Técnica e Colaboradores do MAR, do NESTMAR, do NAR- Núcleo de Artes de Riachos e da APDPHNRR – Associação para a Defesa do Património Histórico e Natural da Região de Riachos, gera-se Valor no território. O objetivo de criar condições de investigação aplicada e disseminar os seus resultados a favor da Região e, consequentemente, do País, relaciona o museu com o ensino superior, no caso, Politécnico, significando um envolvimento e procura de parcerias para o desenvolvimento social e, também, para o crescimento económico. Esta dupla meta será alcançada, espera-se, através da qualificação das pessoas envolvidas nestes projetos, da melhoria de funcionamento das organizações públicas e privadas e, igualmente, do benefício que o território obtém com este tipo de intervenções parceiras.
Com base nas experiências de parcerias de investigação e ciência desenvolvidas pelo Museu Municipal Carlos Reis nos últimos anos, com centros de investigação universitários – como a UNIARQ-Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) ou o CESEM-Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (Universidade de Lisboa), entre outros –, observam-se as oportunidades e as mais-valias destes projetos para o museu, para as equipas que aí trabalham e para as comunidades que o museu serve.
“Ao assinar o “Scientiae thesaurus mirabilis”, D. Dinis criava a Universidade mais antiga do país e uma das mais antigas do mundo. Datado de 1290, o documento dá origem ao Estudo Geral, que é reconhecido no mesmo ano pelo papa Nicolau IV. Começa a funcionar em Lisboa, sendo transferida definitivamente para Coimbra em 1537, por ordem do Rei D. João III, após um período de migração entre estas duas cidades. É no Paço Real da Alcáçova, mais tarde Paço das Escolas, que se concentram todas as Faculdades da Universidade de Coimbra – Teologia, Cânones, Leis e Medicina.”
Não é difícil imaginar que uma instituição como a Universidade de Coimbra tenha vindo a acumular um conjunto extraordinário de objetos resultantes de ofertas, da desatualização de sua utilidade pedagógica ou científica, e até da integração de espólios pertencentes aos antigos conventos e palácios que a universidade foi ocupando.
Embora um conjunto de objetos dispersos não forme uma coleção, nem um conjunto de coleções por sim só seja um museu, são elementos essenciais para que ele seja constituído.
Foi em 1772/73 que teve início a formação do Museu de História Natural da Universidade de Coimbra o mais antigo museu português, subdividido em sectores em 1885, de que resultou a constituição de quatro instituições: Zoologia, Botânica, Mineralogia e Geologia, e Antropologia.
Durante muitos anos o termo Museu aplicado neste contexto compreendia somente um conjunto de coleções organizadas com objetivo e apoiar a investigação (quando a taxonomia se faziam fundamentalmente por comparação) e o ensino. Estavam pois excluídas as visitas regulares de públicos exteriores ao sistema.
É hoje importante discutir do ponto de vistas dos museus universitários qual é o seu papel exterior à instituição nunca deixando de compreender sem receios, qual o verdadeiro interesse que ele realmente tem dentro da sua instituição.
Por outro lado a decisão sobre quais e quando os diversos objetos passam a deixar a sua utilidade operacional e passam a pertencer potencialmente ao grupo de objetos a conservar, é tudo menos objetiva, tendo muitas vezes uma forte carga emocional.
Pelo sua missão de educação, investigação e inovação os museus das universidades deverão ter igualmente na área museológica a capacidade de contribuir para a evolução dos discursos e praticas museológicas.
Resumo:
Museu das Remoções
Pretende-se partilhar experiência museológica comunitária que, dentro da “função social do museu” fundamenta práticas museológicas e museográficas em tempo de pós-modernidade e globalização do habitus cultural. Como campo de afirmação da cultura local e regional, com conexão nacional-internacional, as práticas educativas e formativas determinam-se em ações científicas e eventos integrados numa visão: o museu é um instrumento para a educação histórica, patrimonial, científica, estética, crítica, social, artística, cultural. Nestas e noutras dimensões envolvendo residentes e não-residentes a sua missão e os significados incorporados no acervo (memoriais materiais; imateriais-espirituais) conjugam-se com os valores de uma sociedade pós-moderna onde a transição da economia analógica para a economia digital solicita aos equipamentos culturais uma atualização de processos, com acompanhamento das dinâmicas da comunidade, nomeadamente das gerações mais jovens. A Festa da Bênção do Gado, originária da forma associativa e museológica riachense mostra, perdurando, como a comunidade sentiu e sente o par “Tradição-Contemporaneidade” que reforça o
legado histórico, é referência de passado, é trabalho do presente, sustenta a ambição de futuro, conecta-se com as realidades pós-modernas. A ligação institucional, educativa e formativa, por parte da APDPHNRR-Associação Para a Defesa do Património Histórico e Natural da Região de Riachos e seus núcleos, tal como o NAR- Núcleo de Arte de Riachos, “Grupo - Camponesas de Riachos”, “Grupo de Boieiros”, NESTMAR- Núcleo de Estudos do MAR e, eventualmente, outros novos núcleos e/ou grupos integradoras do espírito associativo, significa serviço público efetivo. Como se demonstrará na comunicação oral, a iconicidade de cada museu (em rede com outros museus e entidades) depende da ligação virtuosa entre Pessoas-Organizações-Territórios. O museu faz todo o sentido nesta interação humana com a envolvente ambiental, social e económica num mundo em que a Agenda 2030 da ONU a todos nos reclama participação ativa, inclusiva, inteligente, exequível.
Constância, antiga Punhete, é terra de Borda d’água, ficando o seu aparecimento e desenvolvimento a dever-se aos rios Tejo e Zêzere. A navegabilidade do rio Tejo levou ao grande desenvolvimento do transporte fluvial, através do porto da vila, importante centro de chegada de mercadorias, vindas do Interior, Beiras e Alentejo, e entreposto comercial dos produtos que se destinavam a abastecer Lisboa. Nas suas margens, floresceu uma importante indústria naval, sendo os calafates de Constância muito famosos pelo seu trabalho. Além disso, a vila também foi uma terra de pescadores, dedicando-se a esta atividade muitas famílias do concelho e dos arredores, assim como uma terra de barqueiros, que sempre garantiram a passagem dos rios Tejo e Zêzere. Este passado continua a ser valorizado, assim como a ligação das comunidades ao rio Tejo continua a evidenciar-se nos concelhos ribeirinhos. Porém, e apesar das antigas atividades fluviais estarem a desaparecer, ainda hoje o rio Tejo se assume como o elemento identitário mais forte da região do Médio Tejo.
No seguimento da atual orientação do Gabinete de Museologia e Património Cultural, da Divisão de Turismo e Cultura do Município de Tomar, nomeadamente no domínio da “Valorização de oferta e qualificação de equipamentos”, encontra-se em desenvolvimento o Roteiro Museológico de Tomar. Mais que uma rota turística ou que um percurso de visitação local entre equipamentos museológicos, o Roteiro Museológico de Tomar constitui dois objetivos fundamentais para a estratégia cultural local. Em primeiro lugar, a iniciativa visa apresentar uma experiência turística e cultural suportada por um conjunto de narrativas patrimoniais e museológicas próprias, que representem parte da história de Tomar e que assumam a singularidade dos diferentes atrativos e das diferentes dinâmicas do território. Em segundo, pretende-se conceber o Roteiro enquanto uma estrutura dinâmica e responsável pela concertação e produção de conteúdos, associadas a uma programação cultural específica, no sentido de interagir com a comunidade e de contribuir, de forma contínua, com a promoção e divulgação turística e cultural do município. Assim, através da constituição do Roteiro Museológico de Tomar e da respetiva ligação à comunidade local, o Município ambiciona organizar e dinamizar uma oferta concertada entre espaços e equipamentos museológicos locais, dirigida a diferentes públicos – internacionais e nacionais, com enfoque para uma programação pedagógica e para a formação de novos públicos.
Os museus são lugares de mediação entre os poderes instituídos e as comunidades humanas. A educação e os projectos educativos têm na museologia moderna um papel fundamental, inclusivamente no trabalho da memória e das identidades. Partindo de uma breve gramática de conceitos aplicados à museologia, proponho uma reflexão sobre museus e comunidades centrada na experiência que desenvolvi como diretor e consultor do Museu Marítimo de Ílhavo e tomando em devida conta alguns desafios do tempo que vivemos.
Resumo:
Margarida Freire Moleiro, licenciada em
História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é pós-graduada em
Património Cultural pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em
Estudos Editoriais, pela Universidade de Aveiro. Frequentou o programa doutoral
em Estudos Culturais (Universidade de Aveiro/Universidade do Minho) e é
atualmente doutoranda em Museologia na Universidade Lusófona de Lisboa.
Margarida Moleiro é coordenadora dos serviços de Património Cultural e do
Gabinete de Estudos e Planeamento Editorial do Município de Torres Novas desde
o ano 2014, ano em que assumiu funções como diretora do Museu Municipal Carlos
Reis-MMCR; desde 2018, acumula este cargo com o de chefia intermédia de Cultura
do Município de Torres Novas. Margarida Freire Moleiro representa o Museu
Municipal Carlos Reis na Rede de Museus do Médio Tejo, integrando a equipa
coordenadora desta rede desde o ano 2018.
Licenciado em Geografia – Ramo de Formação Educacional pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1995), Docente do Quadro de Agrupamento do AE de Vila Nova da Barquinha e Formador acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua.
Desde setembro de 2018 na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo na Unidade de Planeamento Estratégico e Projetos Intermunicipais, é co-responsável pela gestão do Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação no Médio Tejo e acompanha grupos de trabalho que funcionam em Rede (Bibliotecas Públicas e Museus) privilegiando o papel estrutural da Educação numa perspetiva de desenvolvimento integrado e sustentado.
Entre 2015 e 2021 foi coordenadora do Serviço
Educativo do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves e, entre
1999 e 2015 exerceu a mesma função no Museu de Arte Brasileira da
Fundação Armando Alvares Penteado (MAB/FAAP) em São Paulo, onde foi umas
responsáveis pela implementação do Setor Educativo deste Museu.
Em sua trajetória profissional no Brasil desenvolveu
programas de formação a professores da rede de ensino pública e particular e
elaborou parcerias entre o programa do Setor Educativo do Museu com
variadas instituições tais como CECA-ICOM/BR (Comitê Internacional para a
Educação e Ação Cultural do Conselho Internacional de Museus,
Brasil), Fundação Bienal de São Paulo e Instituto Moreira Salles no
desenvolvimento de projetos conjuntos, seminários e conferências.
Em Portugal, coordenou no Museu de Serralves os
projetos educativos destinados às escolas, famílias e projetos de inclusão
social e intelectual. No âmbito das exposições temporárias do Museu,
desenvolveu os Programas Públicos destinados ao público adulto, idealizando e
coordenando numerosas diretrizes para novos programas na área da mediação
artística e encontros, mesas redondas, conferências e seminários com oradores
portugueses e de diversos países europeus para além das Américas e da Ásia.
Atualmente trabalha como consultora, investigadora e
curadora na área de Educação em Museus e Museus e mediação artística e
cultural.
Álvaro Garrido é Professor Catedrático da Faculdade
de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e seu atual Diretor. Licenciado
e Mestre em História, doutorou-se em História Económica e Social na
Universidade de Coimbra.
Investigador
integrado do CEIS20, tem uma vasta obra publicada sobre temas de história da
economia e das instituições, com contributos internacionais na história das
pescas marítimas, história dos corporativismos e da economia social. As suas
publicações encontram-se reunidas em livros, artigos científicos e capítulos de
livros e textos de catálogos. Foi professor visitantes em diversas
universidades estrangeiras e é membro de várias sociedades científicas e redes
internacionais de pesquisa. É autor de documentários para televisão e de diversos
projetos de comunicação de ciência e cultura para públicos amplos.
Entre
2003 e 2009 foi Director do Museu Marítimo de Ílhavo, onde desenvolveu um projeto
cultural centrado na memória social das comunidades marítimas cujo impacto
nacional e internacional é conhecido. De 2009 a 2019 foi consultor do mesmo
museu.
Recentemente publicou os
seguintes livros: As Pescas em Portugal (Fundação Francisco Manuel dos Santos,
Lisboa, 2018); Queremos uma Economia Nova! Estado Novo e Corporativismo
(EDIPUCRS, Porto Alegre, 2018); A Economia Social em Movimento. Uma História
das Organizações (Tinta da China, 2018); Too Valuable to be Lost:
Overfishing in the North Atlantic since 1880 (De Gruyter, Berlim, 2020, com David Starkey); Il
Portogallo di Salazar. Politica, Società, Economia (Bologna University
Press, 2020, com Fernando Rosas); Fainas
Épicas do Mar Português, (Lisboa, CTT, 2021).
Paulo Renato Trincão, nasceu em Coimbra 29-08-1958.
Licenciatura em Geologia pela Universidade de Coimbra em 1982, onde foi assistente até 1995. Doutoramento em Estratigrafia e Paleobiologia (Paleobotânica), Universidade Nova de Lisboa em 1990. Professor Auxiliar, Universidade de Aveiro entre 1990 a 2012, data em conclui a Agregação em Biologia (Comunicação e divulgação de ciência).
Foi entre 1999- 2002 Director do Instituto de História da Ciência e da Técnica/Museu Nacional da Ciência e da Técnica, Ministério da Ciência e da Tecnologia, em Coimbra. Foi em 2003 Coordenador da programação de Ciência de Coimbra Capital Nacional da Cultura.
2004-2009 - Director da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Consultor da Agência Nacional Ciência Viva para a criação de novos
centros de ciência (2003-
2005).
É desde 2006 membro do painel de avaliadores da Fundação para Ciência e Tecnologia do “Concurso de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento na área de Promoção e Administração de Ciência e Tecnologia”.
É desde outubro de 2012 Investigador Coordenador Convidado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra de 2013/15
Presidente do Exploratório Centro Ciência Viva de Coimbra 2015
Diretor Adjunto do Museu da Ciência
2019
João Pinto Coelho é
Técnico Superior na Câmara Municipal de Tomar, a desempenhar funções no
Gabinete de Museologia e Património Cultural da Divisão de Turismo e Cultura.
Licenciado em Gestão Turística e Cultural, mestre em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural, possui ainda o Curso de Formação Avançada do Programa Doutoral em Turismo da Universidade Aveiro e o Título de Especialista em Turismo e Lazer (área 812).
Desempenhou funções de Coordenador Técnico do Laboratório de Turismo do Instituto Politécnico de Tomar e colabora, desde então, com organizações públicas e privadas em projetos de investigação e de desenvolvimento/implementação de produtos nas áreas do Turismo, da Cultura e do Património.
É autor e coautor de diferentes estudos e publicações nacionais e internacionais, das quais se destaca os estudos nacionais “Plano Nacional de Implementação do Turismo Militar” e a “Carta Nacional do Turismo Militar”, e tem colaborado com diferentes unidades e centros de investigação, nomeadamente com o Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes (Techn&Art) do Instituto Politécnico de Tomar.
Foi membro da primeira Equipa Técnica de Turismo Militar do Ministério da Defesa Nacional (em 2014), Secretário-geral (de 2016 a 2020) e Vice-Presidente (de 2019 a 2020) da Associação de Turismo Militar Português e é atualmente diretor da revista Viagem na História (nr. de registo 127537/ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social).
GABRIELA PERDIGÃO CAVACO
É licenciada em História de Arte pela Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa e tem aprofundado os seus estudos em Museologia na área
das Representações Sociais do Museu e Urbanismo. Em 2012 defendeu o seu
Doutoramento em Museologia que versou sobre o estudo do impacto social dos
museus e das instituições culturais em território urbano.
Esteve ligada a inúmeros projetos de museus e espaços culturais desde 1992.
Mafalda Borralho da
Luz, nasceu em Torres Novas em 1972.
Licenciou-se em
História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Iniciou a sua
atividade profissional na área da Museologia, no Museu Agrícola de Riachos em
1994.
Atualmente é
Presidente da Associação para a Defesa do Património Histórico e Natural da
Região de Riachos e Diretora-adjunta do Museu Agrícola de Riachos.
Paralelamente à sua
atividade profissional desenvolveu e desenvolve outros projetos na comunidade
na área do Associativismo.
Paulo
Leite
Arquiteto diplomado pela Escola Superior das Belas
Artes de Paris (ENSBA-Lisboa) e Doutorado em Antropologia Cultural pela
Universidade de Paris VII-Jussieu (Universidade Nova de Lisboa). Docente e
investigador na área da Sociomuseologia na Universidade Lusófona de Humanidades
e Tecnologias, ocupando desde 2007 o cargo de Reitor.
Licenciado em História (Universidade de Lisboa, 1982), iniciou as sua atividade como arqueólogo em 1982. Trabalhou sobretudo sobre os mecanismos de expansão da economia agro-pastoril na Península Ibérica, tópico do seu doutoramento em arqueologia (Universidade de Londres, 1994; Universidade do Porto, 1995). Como docente do ensino superior politécnico (desde 1986) e diretor do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação (desde 2000), coordenou projetos de investigação nos domínios da arqueologia, gestão do património cultural e gestão integrada do território desde 1983, em Portugal, na América Latina e em África. Recebeu bolsas e prémios, relacionados com estas atividades, da Comissão Europeia, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação para a Ciência e Tecnologia, da tutela da cultura em Portugal, e de diversas empresas.
É Professor no Instituto Politécnico de Tomar, coordenador de programas de Mestrado Erasmus Mundus e membro do Conselho Científico do Museu Nacional de História Natural em Paris (França), nomeado pelo governo francês. Professor convidado em cerca de 40 universidades de 25 países, na Europa, Brasil, Cabo Verde e China. É Professor Ordinário da Universidade de Ferrara (Itália), Professor do Doutoramento Espanhol em Património das Universidades de Extremadura, Córdova, Jaén e Huelva. É membro de diversas ONGs nos domínios do património cultural e ambiental.
É titular da Cátedra UNESCO-IPT em Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território, que se estrutura em torno da sua metodologia de gestão territorial e tem um foco prioritário, embora não exclusivo, nos territórios de baixa densidade demográfica.
Secretário Geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (Paris, Unesco) desde 2014. É, também, membro correspondente do Instituto Arqueológico Alemão (Frankfurt, Alemanha), Vice-Presidente de HERITY International (Roma, Itália), membro do Conselho Científico do Centro Universitário Europeu para o Património Cultural (Ravello, Itália), Conselheiro do Forum Cultural Mundial Taihu (China) e Presidente do Instituto Terra e Memória (Portugal).
É Vice-Diretor do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra. Como ex-vogal e vice-gestor da átea de Ciência e Sociedade do programa ibero-americano CYTED, avaliou e monitorizou diversos projetos. Foi Secretário-Geral da União Internacional das Ciências Pré-Históricas e Proto-Históricas, entre 2006 e 2018. É autor e editor de cerca de 70 livros e 300 artigos, sobretudo nas temáticas das origens da agricultura, tecnologias, arte rupestre, património cultural e gestão integrada do território.
Dina Póvoa. Licenciada em
Gestão Turística e Cultural pela Escola Superior de Gestão do Instituto
Politécnico de Tomar (2003). Experiência em gestão de Atendimento ao
Público nas áreas da Hotelaria, Eventos e Empresas Turísticas. Responsável pelo
Serviço ao Cliente do Museu Nacional Ferroviário (desde 2020) e gestora
da Unidade de Atendimento deste mesmo Museu (desde 2015). Tem participado em
vários projetos desenvolvidos no Museu, sempre na ótica da melhoria do
Atendimento ao Cliente, destacando-se o projeto MNF Welcome All, que visa a
melhoria das Acessibilidade no Museu. Foi professora e formadora nas
disciplinas Técnicas de Comunicação em Acolhimento Turístico e Operações
Técnicas em Empresas Turísticas ao Ensino Profissional.
Anabela Borralheiro Pereira é Técnica Superior no Município
de Mação, com a função de conservadora do Museu de Arte Pré-Histórica e do
Sagrado do Vale do Tejo, Membro do Instituto Terra e Memória e do Centro de
Geociências.
Vítor Teixeira é Consultor Sénior na Empresa Benefits &
Profits Lda. Com clientes em diversas áreas, o meu trabalho consiste em
desenvolver, ferramentas e metodologias que permitam através de novos sistemas
operacionais, orientação e motivação desenvolver técnicas e competências
pessoais e profissionais.
Joana Carreira é licenciada em Educação de Infância e Mestre em Ciências da Educação na especialidade de Educação pela Arte. Desde 2014 integrou o Lab Criativo do Teatro Virgínia onde, para além da gestão e acompanhamento dos espetáculos e demais projetos paralelos dirigidos aos diversos públicos, dinamizou atividades complementares de exploração de conceitos e interpretações dos espetáculos para escolas/famílias, antes e/ou depois da sua apresentação. A partir de 2018, integra o Serviço Educativo do Museu Municipal Carlos Reis, onde faz criação e mediação de visitas/oficinas, a partir do espólio (ou património) permanente e temporário do museu, que estimulem os diferentes públicos na experimentação de diferentes linguagens artísticas.
Ana Carvalho tem formação superior em História, com formação pós-graduada em Ciências Documentais – Arquivo e Biblioteca e em Gestão Autárquica de Recursos Turístico-Culturais. Possui Mestrado em Política Cultural Autárquica. Integrou a Câmara Municipal de Ourém em 2008, tendo assumido a coordenação do Arquivo Histórico Municipal de Ourém. No mesmo ano passou a integrar a equipa responsável pela instalação do Museu Municipal de Ourém. Integra os grupos de trabalho de investigação, interpretação, exposição, assim como a equipa do serviço educativo do Museu Municipal, na valência da história local. É responsável por diversos trabalhos de investigação no âmbito das funções inerentes, quer ao Arquivo Histórico Municipal, quer ao Museu Municipal de Ourém, em particular projetos corelacionados com os projetos expositivos. Integrou a equipa responsável pela reabertura do núcleo Castelo e Paço dos Condes em julho de 2021 e a equipa com responsabilidades na implementação do projeto de adaptação do Castelo e Paço dos Condes para espaço museológico.
Sílvia Rodrigues tem formação
superior em Animação Cultural e Educação Comunitária. No Município de Ourém,
durante seis anos esteve ligada à mediação e produção de iniciativas em
articulação com entidades e coletividades culturais, como responsável do setor
do Associativismo da Divisão de Ação Cultural. Criou e implementou junto da
população de idade maior institucionalizada (Centros de Dia, Lares e IPSS’s) o
projeto “Lendas de Portugal”, para promoção do livro, da leitura e da escrita,
em articulação com a Biblioteca Municipal de Ourém. Coordenou e mediou a
produção local do projeto de Programação Cultural em Rede - ARTÉRIA, do projeto
CAMINHOS – Programação Cultural em Rede, em articulação com a CIM do Médio
TEJO. Coordena o Serviço Educativo do Museu Municipal de Ourém, representando o
subgrupo Educação e Mediação na Rede de Museus do Médio Tejo. Integra a equipa
de Produção e a equipa do Projeto Educativo, Mediação e Envolvimento da
Comunidade do Teatro Municipal de Ourém. Coordena e media a produção local do
projeto CAMINHO DAS PESSOAS – Programação Cultural em Rede em articulação com a
CIM do Médio TEJO.
Razvan
Clondir is Associate Professor of Design Department at Decorative Arts and
Design Faculty at UNArte, currently teaching Basic Design and Spatial
Organization. Experienced on various research projects as research assistant in
“The Maps of Time. Real Communities-Virtual Worlds-Experimented Pasts”
(PN-II-ID-PCE-2011-3-0245) between 2011-2014, “MOBEE (MOBile Earthquake
Exhibition) between 2014-2016. Constantly participates in scientific
conferences, individual or with other researchers, their topics of interest
being new technologies and how they can influence education and knowledge.
Razvan is combining
his research activity with the pedagogical one. Since 2008 he has been associate
assistant at the Design Department at the National University of Arts where he
has been involved in various teaching and organizing activities. As an
associate lecturer he shows great ability to connect with his students and
talent at teaching both simple concepts and more advanced topics. He attended
the workshop "LightningUp Balkans" (2013), Sofia, Bulgaria, where he represented
the National University of Arts in Bucharest, a workshop where lighting
solutions for interior and exterior were developed.
Apart from
pedagogic activity, the candidate carries out the activity of interior
designer, realizing residential and public projects. He is involved in actions
to strengthen the guild by participating as a jury member in design contests.
In 2020 he
defended his doctoral thesis "ART THROUGH CROWDSOURCING, An exploratory research
of the means of production and participation in artistic experiments via the
Internet", and was awarded the title of Doctor of Visual Arts.
Fundadora da Arte Central. Professora de artes visuais no
ensino Básico, Secundário e Superior. Investigadora no CIEBA. Membro da
comissão científica da revista In-Visibilidades, da direção da APECV e da Rede
Ibero-Americana de Educação Artística. Doutora em Artes e Educação. Mestre em
Museologia e Património. Autora do livro “Museus e Escolas: as relações
pedagógicas e o papel dos jovens” editado pela DGPC.